The journey through the images of the night: dreams as substrate of the Latin American imaginary
Keywords:
Dream, Latin American Imaginary, Native American People, Surrealism, Magical RealismAbstract
This article explores the importance of dreams in Latin American cultures, in the construction of identities and in the cultural production, in order to observe how the dream experience relates to the construction and development of the Latin American imaginary. Dreams are fundamental experiences that connect human beings to metaphysical and ontological dimensions, influencing beliefs and social practices. In Amerindian cultures, the native American saw dreams as portals to other perceptions of reality and encounters with images of otherness, associated with themselves or with entities. Dream stories are fundamental to social cohesion, allowing communication between individuals and nature. Also, in the artistic and literary production of Surrealism and Magical Realism, dream images emerge as a possibility of alteration or an enchanted vision of reality, as a counterpoint to the culture based on instrumental rationality. It acts both as a material for poetic creation and as an inspiration for aesthetic, philosophical, ethical, epistemological, metaphysical and political principles. The dream emerges not only as an individual phenomenon, but as a collective experience that shapes the cultural and spiritual life of Latin American peoples.
References
Andrade, O. de. (2011 [1928]). Manifesto Antropófago. In Andrade, O. de. A Utopia Antropofágica (pp. 67-74). Globo.
Artaud, A. (1984). México y Viaje al país de los tarahumaras. Fondo de Cultura Económica.
Bastide, R. (2016). O sonho, o transe e a loucura. Três Estrelas.
Borges, J. L. (1976). Livro dos sonhos. Círculo do livro.
Borges, J. L. (2016). Ficções. Companhia das Letras.
Breton, A. (2001 [1924]). Manifestos do Surrealismo. Nau Editora.
Carpentier, A. (1985). O reino deste mundo. Civilização Brasileira.
Carson, A. (2023). Sobre aquilo em que mais penso: ensaios. Editora 34.
Castañeda, C. (2013). A Erva do Diabo. Editora Best Seller.
Cortázar, J. (2021). Todos os Contos. Companhia das Letras.
Didi-Huberman, G. (2014). Sobrevivência dos vaga-lumes. Editora UFMG.
Durand, G. (2012). As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à arquetipologia geral. 4. ed. Editora WMF Martins Fontes.
Durkheim, E. (1996). As formas elementares da vida religiosa. Martins Fontes.
Gagnebin, J. M. (2006). Lembrar, escrever, esquecer. Editora 34.
Galeano, E. (2002). O livro dos abraços. 9. ed. L&PM.
Galeano, E. (2012). Os filhos dos dias. L&PM.
Galeano, E. (2020). Os sonhos de Helena. Livros da Raposa Vermelha.
Ganduglía, N. (2020). Néstor Ganduglía: "Los relatos mágicos son los sueños de los pueblos". Entrevista concedida a Renzo Rossello. El País. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/domingo/nestor-ganduglia-los-relatos-magicos-son-los-suenos-de-los-pueblos
García Márquez, G. (2015). Doze contos peregrinos. 26. ed. Record.
Gramigna, A. (2019). Il versante onirico della conoscenza. L’educazione nel mondo ancestrale dell’America Latina. Edizioni ARACNE.
Jodorowsky, A. (2009). Psicomagia. Devir.
Jung, C. G. (2016). Chegando ao Inconsciente. In C. G. Jung (Eds.). O homem e seus símbolos (pp. 15-132). Harper Collins Brasil.
Kopenawa, D.; Albert, B. (2010). A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami. Companhia das Letras.
Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. Companhia das Letras.
Krenak, A. (2020). A vida não é útil. Companhia das Letras.
Lévi-Strauss, C. (2008). Antropologia Estrutural. Cosac Naify.
Limulja, H. (2022). O desejo dos outros: uma etnografia dos sonhos yanomami. Ubu Editora.
Martins, F. (2008). Surrealismo & América Latina. In Guinsburg, J. Leirner, S. (Org). O surrealismo (pp. 141-158). Perspectiva.
Nietzsche, F. (2000). Humano demasiado humano: um livro para espíritos livres. Companhia das Letras.
Orobitg, G. (2022). Para além do sonho e da vigília: O sonho ameríndio e a existência. Revista de Antropologia, 65(3), e185870.
Pierre, J. América indígena e surrealismo. In Ponge, Robert (Org.). Surrealismo e novo mundo (pp. 77-106). EdUFRGS.
Roche, G. (1999). “O lugar surrealista por excelência” (André Breton no México: da beleza con- vulsiva ao manifesto Por uma arte revolucionária independente) In Ponge, Robert (Org.). Surrealismo e novo mundo (pp. 215-228). EdUFRGS.
Shiratori, K. (2022). Tempo e evento na onirocrítica ameríndia: um balanço bibliográfico. Revista de Antropologia, 65(3), e195928.
Werá, K. (2021). O poder dos sonhos. Tumiak Edições.